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13 de fevereiro de 2016

A amizade é um contínuo perfumado


Ilustração de Raphaël Vavasseur


A amizade não se alimenta de encontros episódicos ou de feitos extraordinários. A amizade é um contínuo. Tem sabor a vida quotidiana, a espaços domésticos, a pão repartido, a horas vulgares, a intimidade, a conversas lentas, a tempo gasto com detalhes, a risos e a lágrimas, à exposição confiada, a peripécias à volta de uma viagem ou de um dia de pesca. 

 
Ilustração de Maja Veselinovi


A amizade tem sabor a hospitalidade, a corridas atarefadas e a tempo investido na escuta. A amizade enche a casa de perfume (cf. Jo 12,3).

  
 
Tolentino Mendonça, in Nenhum caminho será longo, Para uma teologia da amizade, Paulinas, 2012, p. 108