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10 de janeiro de 2013

O elogio da inutilidade



Ilustração de Glenda Sburelin
Enquanto nós dermos à vida espiritual uma utilidade, qualquer que ela seja, ela ficará sempre condicionada às nossas próprias aspirações, àquilo que nós próprios transportamos. Na entrega, silenciosa e sem porquês, que uma criança oferece a um brinquedo, nesse estar por estar, permite-se que a polifonia da vida se liberte. Só entenderá o elogio do inútil quem perceber o significado, simples e imenso, de um brinquedo.

Tolentino Mendonça, in “O elogio da inutilidade, Encontros do Lumiar 2007-2008”, pp. 24-25