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18 de março de 2012

Pai, o mesmo jardim à minha porta

Ilustração de Efira
Quando a ausência cruza os caminhos, a luz brilha menos e ergue-se a saudade. A presença é agora sem fronteiras, sem sofrimento, numa compreensão sem barreiras, antes impossível.

 Em homenagem, os versos de Sophia que marcaram a partida do meu pai, quando ainda não havia "o mesmo brilho" nem "a mesma festa". 
Ilustração de Efira


Quando

Quando o meu corpo apodrecer

Continuará o jardim, o céu e o mar,

 Haverá longos poentes sobre o mar,

 Outros amarão as coisas que eu amei.

 Será o mesmo brilho, a mesma festa,

Será o mesmo jardim à minha porta

 Sophia de Mello Breyner, in Dia do Mar (poema com supressões)